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Correção, conversão e interpretação… Que grande confusão?! (parte 1)




Correção, conversão e interpretação… Que grande confusão?!


Após a administração de um (ou vários) teste(s) psicológico(s), respeitando os procedimentos estandardizados que lhe estão subjacentes, o profissional depara-se com a tarefa (mais ou menos hercúlea) de corrigir e calcular os resultados obtidos pelo sujeito.

 

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Relativamente à correção e obtenção dos resultados, a existência de sistemas informáticos que realizam automaticamente esta tarefa, têm auxiliado os profissionais, permitindo a estes obter rapidamente um perfil de resultados, isento de eventuais erros de cálculos. Para os testes com cotação manual esta fase é um pouco mais morosa, requerendo atenção redobrada por parte do examinador e confirmação/verificação dos resultados calculados. Independentemente do meio utilizado na correção do teste, é imprescindível a consulta do seu Manual Técnico, que obrigatoriamente deve fazer parte do kit de material rececionado pelo profissional aquando da aquisição do teste. Este manual deverá incluir a informação necessária (mais ou menos detalhada consoante o modo de correção) para auxiliar o profissional na obtenção de um perfil de resultados.

Todavia, a fase de cálculo de resultados não termina aqui… o passo seguinte (de extrema importância) leva-nos à conversão destes dados (designados de resultados brutos ou de pontuações diretas) em resultados padronizados ou normalizados. A verdade é que os resultados brutos nem sempre nos dão a informação significativa necessária, para fazermos uma correta interpretação dos mesmos. Assim, torna-se fundamental compará-los com os resultados obtidos por uma amostra normativa (representativa da população a que se destina o teste), determinando, deste modo, se o resultado do sujeito se situa acima, abaixo ou até mesmo na média, do esperado. Em termos práticos, o examinador faz corresponder a cada resultado bruto um determinado resultado padronizado (i.e., pontuação transformada), que será expresso numa escala estandardizada: percentil, eneatipos, notas T, notas S, notas z, etc… Enquanto que na utilização de sistemas de correção informatizada esta conversão é feita automaticamente, bastando ao examinador selecionar qual a amostra normativa (ou grupo normativo) com a qual pretende comparar os resultados do sujeito, na correção manual essa conversão é feita pelo próprio examinador. Mais uma vez o recurso ao Manual Técnico é essencial em ambas as situações, pois permite recolher informação sobre as características descritivas dos grupos normativos disponíveis (por exemplo, Crianças que frequentam o 4º ano de escolaridade, Adultos com formação superior, Profissionais da área informática, etc…) - o sujeito deverá ser comparado com um grupo que apresente um conjunto de características o mais próximo possível das suas. Só na posse desta informação o examinador poderá tomar uma decisão consciente e suportada sobre as normas a utilizar, nunca perdendo de vista os objetivos e os critérios do processo de avaliação.

 

Para mais informações sobre a escolha das tabelas de normas sugerimos a leitura do nosso texto ‘FAQ’s relativas à escolha de tabelas de normas’.

 

No próximo texto retomaremos este tema.

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