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Correção, conversão e interpretação… Que grande confusão?! (parte 2)




Correção, conversão e interpretação… Que grande confusão?!


 

Neste artigo retomamos o tema da correção, conversão e interpretação de testes psicológicos.

 

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A interpretação das pontuações deverá ser feita a partir dos resultados padronizados ou normalizados e nunca dos resultados brutos. Assim, só é possível ao examinador iniciar a fase de interpretação quando tiver os resultados dos candidatos convertidos em Percentis, Eneatipos, notas T, etc.

Que tipo de análise poderá ser feita?

 

Análise quantitativa vs Análise qualitativa

Na análise quantitativa o examinador compara o valor obtido pelo sujeito com o de uma amostra normativa. Neste caso, o resultado padronizado obtido pelo sujeito expressa a posição deste comparativamente ao grupo normativo escolhido pelo examinador. Por exemplo, se o sujeito obtém um Percentil 75 significa que o seu desempenho se situa acima da média de resultados obtidos pelo grupo com o qual está a ser comparado (o valor médio é atribuído ao Percentil 50) e que obteve um resultado igual ou superior a 75% das pessoas que constituem esse grupo – se tem dificuldade em distinguir entre percentil e percentagem aconselhamos a leitura do nosso texto ‘Percentil ou Percentagem?’. Durante a fase interpretação o examinador deverá ter sempre presente o tipo de teste utilizado (inteligência, aptidões, personalidade, etc…)

Na análise qualitativa o resultado do sujeito é comparado com intervalos de correspondência entre os valores quantitativos (p.e., percentis ou eneatipos) e categorias qualitativas. Estas categorias devem ser construídas partindo da distribuição dos resultados padronizados pela distribuição normal. Por exemplo, o examinador poderá estar interessado em utilizar 5 níveis de classificação qualitativa (muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto), fazendo corresponder à categoria Médio os percentis 35 a 65.

 

Análise individual vs Análise compósita

Na análise individual o examinador analisa cada teste isoladamente. Na análise compósita o examinador opta por cruzar a informação de vários testes. Em contexto de Recursos Humanos é frequente a utilização deste tipo de análise, principalmente quando se torna relevante a obtenção de um valor global para a competência em questão (ex. desempenho cognitivo, perfil comercial, etc.).

 

Análise interindividual vs Análise intraindividual

Na análise interindividual o examinador compara os resultados obtidos por vários sujeitos numa determinada aptidão/competência. Na análise intraindividual o examinador compara os resultados obtidos pelo mesmo sujeito em diferentes testes (ex. analisar quais as aptidões/competências que se destacam).

 

O processo de interpretação de resultados poderá ser mais ou menos extenso e demorado consoante a categoria dos testes utilizados (p.e., aptidões, personalidade, situacionais, etc.), o número de testes administrados e o tipo de output produzido pelo sistema de correção. Independentemente do examinador ter acesso ou não a um relatório interpretativo do teste, voltamos a salientar que o Manual Técnico é uma ferramenta extremamente importante neste processo, pois deverá disponibilizar a informação necessária a esta fase.

Por último, gostaríamos de relembrar que a interpretação dos resultados obtidos através de um teste psicológico está reservada a profissionais com formação e experiência específicas, quer em avaliação psicológica quer na área avaliada, e que deve ser encarada de forma séria e responsável.

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